A filigrana é um trabalho ornamental de fusão de finos fios de ouro, que ao serem soldados, criam desenhos e padrões que resultam em peças grandes e únicas. Os diferentes fios que compõem cada peça, unem-se simplesmente através do calor, sem que seja necessário recorrer a outro material para uni-los. Nenhuma outra arte de joalharia usa técnica semelhante para a criação de peças ou utiliza tão poucos metais para criar formas tão grandes e extraordinárias.
De família em família, de geração em geração, a filigrana portuguesa continua a subsistir em unidades de produção artesanal e oficinas de pequena escala, maioritariamente de ambiente familiar. Este ofício é uma parte da história portuguesa e uma tradição que deve permanecer intacta: as peças contam a história de cada um de nós.
A origem da filigrana remonta ao terceiro milênio a.C. na Mesopotâmia. A filigrana chegou à Europa através das rotas comerciais do Mar Mediterrâneo, onde se tornou relativamente popular nas civilizações grega e romana. No entanto, como o Oriente Médio era uma junção de várias culturas, a filigrana continuou sua jornada e cruzou as fronteiras para a Índia e a China.
No séc. II a.C., durante o domínio romano, as minas das montanhas Pia e Banja começaram a ser exploradas em Gondomar. Milhares de anos depois, percebemos que a filigrana estava sendo desenvolvida e produzida em Portugal. Com a chegada dos povos árabes, novos padrões emergiram e a filigrana da Península Ibérica começou a diferenciar-se das restantes noutras partes do mundo.
Grande parte da produção joalheira nacional é realizada em Gondomar, sendo desde o século XVIII um dos mais importantes e produtivos centros da ourivesaria portuguesa. Assim, a Rota da Filigrana pretende dar a conhecer os ourives de Gondomar – cidade conhecida como a Capital da Ourivesaria -, e todo o processo produtivo das peças, preservando e dinamizando as técnicas tradicionais por detrás da criação destes artigos.
Na Rota da Filigrana é permitida e incentivada a experimentação do trabalho oficinal, em workshops, para que melhor se perceba a conceção das peças. O roteiro contempla a visita ao Cindor, um centro de formação profissional de ourivesaria, e ainda a visita a oficinas que praticam este ofício, de forma a dar a conhecer todo o processo produtivo destas peças, com a possibilidade de adquirir as peças mais emblemáticas como o “Coração de Filigrana” ou outras.
Junte-se a nós à descoberta da Rota da Filigrana e venha conhecer esta arte sem igual, numa verdadeira viagem no tempo. Mais informações na brochura institucional da Rota da Filigrana.
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